tem, mas acabou #0 | sua nova news favorita!
mais teimosa que uma vendedora que persegue clientes pela loja sem ter sido chamada, consegui um lugar na sua caixa de e-mails.
tem, mas acabou.
essa rua vai pra onde?
a luz dormiu acesa.
você segue reto a vida toda (e depois, vira à esquerda).
vou só esperar o sol esfriar.
outro dia (na verdade, tem mais tempo) essas e outras frases maravilhosas do dialeto brasileiro rodaram os grupos de whatsapp. devo dizer, adoro esse nosso jeito de falar e, vira e mexe, me pego pensando como deve ser difícil pra gringos aprenderem o português do dia a dia.
mas não é sobre isso que quero falar hoje.
tem, e acabou de chegar
já faz um tempo que as newsletters ganharam força. você deve assinar algumas, né? bom, como se não bastasse, agora, tem mais uma opção.
por que isso agora?
anos atrás, sentei em um banco da janela no ônibus; era o único lugar vago. aprendi com minha mãe que é bom evitar sentar no canto, onde alguém pode te encurralar (em especial, homens).
mas lá estava eu, com uma coragem movida pelo cansaço, o peso da bolsa no colo e dor nos pés, sentada na janela ao lado de um desconhecido que, de repente, começou a me encarar demais.
comecei a planejar minha fuga. o desafio era descobrir como sair dali, considerando que o ônibus estava tão lotado que, no máximo, eu pararia em pé no corredor ao lado do mesmo desconhecido que continuava a me olhar.
o ar foi ficando denso. de poluição, suor compartilhado pela massa trabalhadora e de medo. bem quando eu ia levantar, o desconhecido me abordou perguntando se eu não era a ‘lari do GDG’. sim, eu era e estava impressionada com o fato do sujeito ter me reconhecido de uma mini foto bem menor do que a 3x4 que ficava na assinatura da coluna que eu escrevia.
passado o susto e a surpresa, tudo correu bem. mantivemos contato por anos…
depois de chegar em casa, e por várias outras vezes ao longo dos anos desde esse episódio, fiquei pensando no quanto eu não almejo a fama. gosto de estar nas redes, de compartilhar, mas ainda nutro uma sensação de não querer ser tão vista assim.
e, embora eu não saiba muito bem o porquê, acho a newsletter um dos espaços mais intimistas da internet. então, aqui estou para compartilhar devaneios sem o peso de likes, alcance ou de tweets despretensiosos que viralizam e atraem haters.
quando tem, mas acabou chega?
quinzenalmente, eu espero. sexta sim, sexta não, às 8h.
eis aqui meu compromisso público (no mais íntimo do universo das newsletters) com relação a isso.
vamos falar sobre coisas diversas. histórias da vida real, reflexões e devaneios.
se você é uma das pessoas que já me disse que queria viver um dia na minha mente ou que minha mente deveria ser estudada, aproveite!
antes de acabar (risos)
sabia que “tem, mas acabou” também é nome de um álbum do patu fu? eu descobri por acaso, enquanto pesquisava imagens pra colocar aqui e deixar esta página mais bonitinha pra você.